10 novembro 2009

20.º amadora bd

ao contrário do ano passado em que passei essencialmente o tempo a ver as exposições de bd, este ano optei por passar grande parte da visita ao 20.º amadora bd a “falar” com os autores presentes nas sessões de autógrafos.
Aqui ficam algumas dessas conversas:
.

“astroid fighters” de rui lacas

“mucha” de david soares, osvaldo Medina & mário Freitas

“batatas” de matthias lehmann

“israel sketchbook” de ricardo cabral

“o cachimbo de marcos” de javier de isusi

27 outubro 2009

i n s t a l a ç ã o O.Q.N.V.09

by colectivo tap

24 setembro 2009

apanhada a roubar

estava eu a ouvir o álbum “uma inocente inclinação para o mal” do projecto a naifa, poucos dias depois da morte de João aguardela, quando a música

apanhada a roubar
como uma criança
de vestido branco e sandálias
consertei a figurinha
.
um homem assim humilde
lançado aos cães
não sinto quase nada
uma ligeira dor de cabeça
.
gostavas de ser feliz
farei o que puder para te impedir
a cada novo dia o duro preço
não consigo resistir
.
nesse dia beijei muita gente
se te magoei não foi intencional
espero ainda que me perdoes
uma inocente inclinação para o mal
.
letra by m.r.t.

serviu de mote na criação dos seguintes desenhos:

19 agosto 2009

R O N C O S do D I A B O

nem só de dança vive o ANDANÇAS. carro batido e ninguém viu nem ninguém quis saber (é normal a carrinha de um hotel bater no carro de um cliente, estacionado no parque desse mesmo hotel, ninguém dizer nada e o sr. dr. dono do hotel e de uma grande empresa de construção civil de viseu não querer assumir os danos?). depois de me armar em CSI, passadas duas horas chegou o sr. agente da autoridade e lá resolveu a situação (puxou as orelhas ao sr. dr. pedreiro e obrigou-o a preencher uma declaração amigável).
com esta brincadeira quase chegámos atrasados ao concerto dos RONCOS. no final do concerto metemos a conversa em dia, autografaram o cd previamente oferecido e ficou a promessa de tocarem no próximo casamento da família (nada de influenciar o puto para casar o mais rapidamente possível).

O cd custa apenas € 10,00 e é de compra obrigatória, para ouvir e obter mais informações consultem:

http://www.myspace.com/roncosdodiabo

Aqui fica o video da nossa festa

31 julho 2009

recordar P A R E D E S

não tenho dúvidas que o festival de verão de paredes de coura é o melhor de portugal, não só pelo cartaz que normalmente apresenta mas também por causa do local onde é realizado (junto da praia fluvial do tabuão – margens do rio coura).
tenho saudades de mergulhar, desenhar e beber uns finos na margem do rio coura enquanto se ouve o jazz na relva.
por lá já vi e ouvi algumas da minhas bandas preferidas (yo la tengo, flamin lips, mão morta, sonic youth, arcade fire, bauhaus, the cramps e muitos outros).
para todos aqueles que não conhecem a praia fluvial do tabuão aqui fica um foto tirada e publicada nas paginas centrais do jornal blitz em agosto de 2000.
.

para todos aqueles que mandaram bocas e para que as mesmas não se voltem a repetir, aquilo que está na minha boca é uma caneta e o resultado final, depois de ter parado de a roer, foi o seguinte:
.

16 julho 2009

i n s t a l a ç ã o 3 . 3 .




by colectivo tap

10 julho 2009

pinhal das artes

no passado fim-de-semana fui com a família e alguns amigos usufruir do pinhal das artes da SAMP - sociedade artística e musical dos pousos. esta iniciativa acolheu uma série de actividades para o mais novos e é realizada no pinhal de leiria (s. pedro moel).
e não é que o meu mais novo (até parece que tenho outro) sai mesmo ao pai, para além de aparecer no jornal REGIÃO DE LEIRA também aparece no seguinte vídeo a dar um pezinho de dança com a mãe.

Pinhal das Artes 2009 from rleiria on Vimeo.

07 julho 2009

33.º aniversário do TAP

pouco tempo e poucas ideias dão nesta coisa:




estou só a falar do cartaz!

08 junho 2009

F É R I A S

finalmente uns dias de férias (duas semanas!), a foto que se segue foi tirada em braga nas minhas últimas férias. Já agora, se passarem por braga para além do bom Jesus e do sameiro, os sítios que se seguem são de paragem obrigatória:
  • restaurante hocho sushi bar;
  • livraria centésima página.

nestas férias prometo ou pelo menos vou tentar…

leituras:

  • terminar “as incríveis aventuras d’ o rapaz de papel” de nuno artur silva com ilustrações de joão fazenda;
  • dar uma vista de olhos pela “obra poética completa” de edgar allan poe com ilustrações do filipe abranches;
  • iniciar “o cavaleiro inexistente” de italo calvino.

filmes:

  • terminar “solo 2” de olga Roriz, filmado por rui simões;
  • ver “a melodia de plympton” e “a trufa” de bill plymptom;
  • tentar ver até ao fim “the brown bunny” de vincent gallo.

músicas:

  • ouvir os podcast em falta da irmandade do etér (bitsounds Íntima Fracção lado B Miss Tapes O Cubo Rádio Crítica Vidro Azul );
  • continuam em rotação os cd’s oferecidos pelo rapaz improvisado e trashcanman (“grinderman” de nick cave e “aurora” dos madame godar) e pelo Nelson (“foge foge bandido” do manuel cruz);
  • e ainda o último cd que comprei “merriweather post pavillion” dos animal collective.

ficam ainda garantidos uns mergulhos por terras do allgarve e uma visita ao V festival internacional de BD de beja.

27 maio 2009

3 mesas

3 mesas ficou fora do projecto 3-pbl-20-07 quando exibido no cafécomlivros, aproveito para apresentar a pintura e o texto em forma de faixa escondida, aqui vai o bónus:



São duas mulheres sentadas a uma mesa. Estão sozinhas, e essa solidão percebe-se até no olhar vazio mas ansioso, como se esperassem alguém que sabem que nunca virá. Percebe-se também pelas roupas e expressões sóbrias, olhar perdendo-se em redor, muito frequentemente, mas sem nunca perderem um semblante ensimesmado e outonal. Socorrem-se uma da outra, mantêm a pose de quem conversa. Permanecem, contudo, mudas e desconfortáveis com essa mudez.

Na mesa ao lado, uma rapariga um pouco mais jovem, acompanhada por dois rapazes da mesma idade. Esta, ao contrário das duas mulheres sentadas na mesa ao lado, mostra um sorriso generoso e solar, a condizer com a camisola (?) curtíssima, que permite ver o umbigo e a quase totalidade das costas. Roupa audaz, que desafia. Esta rapariga não olha para ninguém, limita-se a permitir que os dois jovens olhem sequiosamente para ela. E como olham. Corrijo: de vez em quando, olha para as duas mulheres agora vizinhas e sem companhia masculina, subordinando-as, esmagando-as com a sua “plenitude social”. Freud haveria de gostar deste quadro. E eu também gosto!

As duas mulheres sós recolhem todos os diferentes panfletos que estão poisados nas mesas do café, até terem um exemplar de cada. Inclui-se neste grupo de objectos recolhidos o longo e cartonado panfleto que o trio vizinho já havia retirado para uma mesa próxima da sua. Na mesa das mulheres sós, nota-se uma variedade de cores, correspondente às publicidades de espectáculos, lançamentos de livros, cinema do mês e outros acontecimentos culturais. Lêem-nos avidamente. E nessa leitura silenciosa mas entre olhada, estabelece-se a única (mas densa) comunicação entre as duas.

Na mesa do trio sorridente, por seu turno, não há lugar a leituras. Há todo um frémito social, jogos de sedução e contemplação, sorrisos e conversas em voz alta, gargalhadas de boa disposição. Não há um único papel que possa ser lido em cima desta mesa, foram todos distribuídos pelas mesas em redor, para que nada se intrometesse neste tão animado convívio.

Próximo destas duas mesas está aquela em que eu próprio me encontro sentado. À mesa, apenas eu e todos os diferentes tipos de panfletos que a mesa das duas mulheres também exibe. E mais um livro de 384 páginas. Eu vim mais cedo. E talvez esteja à espera de ficar por mais tempo.

poema by nuno gabriel oliveira

18 maio 2009

o amor é um gajo estranho

adoro os pop dell’arte e tenho um carinho especial pela música o amor é um gajo estranho, a seguinte pintura é uma homenagem ao peste e a todos aqueles que já passaram pela banda.
andei à procura do videoclip ou de alguma gravação ao vivo dessa música, como não encontrei nada relacionado com o amor é um gajo estranho optei por colocar a não menos estranha participação no big sow sic - my funny ana lana.
.

11 maio 2009

quero morder-te as mãos

este devia ter sido o primeiro post e é a razão pela qual o meu blog se chama quero morder-te.
é uma pequena homenagem a uma das minhas bandas preferidas - os mão morta - e aqui fica o videoclip da música quero morder-te as mãos:

24 abril 2009

25 de abril

para todos aqueles que queiram passar o dia 25 de abril cheio de imaginação, liberdade e carradas de humor, aqui ficam duas propostas teatrais:
  • coimbra . 32.ª Feira do Livro - 17h00m . praça da república - n@vegar . teatro amador pombal
  • pombal . festival de teatro - 21h30m . teatro-cine de pombal - a verdadeira história da tomada do carvalhal . este

http://www.cm-pombal.pt/festival_teatro2009.php

tenho a sensação que conheço o sr. da foto anterior, se não fosse tão alto era gajo para dizer que se trata do tipo que encenou o que não vi!

09 abril 2009

o que não vi

o teatro amador de pombal vai estrear a sua nova produção o que não vi no festival de teatro de pombal, apareçam dia 18 ou 19 de abril, no teatro-cine de pombal, pelas 21h30m.
o melhor é reservar ou comprar um livre trânsito para o festival (apenas 10 €), porque o número máximo de pessoa por sessão é de 60.
mais informações em:

31 março 2009

postal dos correios | 3-pbl-20-07 | 3/3

postal dos correios

Na curva perfeita das tuas pernas adivinho toda a beleza do mundo. Tudo é belo, porque não pode ser outra coisa que não belo. As tuas pernas são belíssimas, ponto.

Moves-te com impaciência. Talvez já tenhas descoberto que olho para ti. Levantas-te da cadeira, despedes-te genericamente dos outros, nem olhas para mim, esforças-te por ser – e és! – insuportavelmente discreta, o teu corpo acondiciona-se ao rigor das linhas direitas. (A terra conheceu o pecado quando se vestiu de pudor). Dirão: o belo não se oferece, esconde-se! Para assassinar o bem basta a possibilidade do mal, ponto.

Vulgarizo as tuas pernas reprimidas. No vinco incongruente das calças, ponho as formas rudes da carne velha. No casaco comprido que vestiste à pressa, cabe toda a imperfeição. E afinal, as tuas pernas hão-de ser feias. Vais-te embora, os outros também, permaneço sentado, sozinho. Na cúpula em que todos estamos fechados, não se fazem poemas de amor. E ponto final.
poema by nuno gabriel oliveira

27 março 2009

o silêncio do autor | 3-pbl-20-07 | 2/3

o silêncio do autor

O silêncio do autor
é um compromisso sem prazo,
verdade que a nenhuma outra dá azo
Mas é um soneto de amor
nunca escrito com atraso.

O tempo preocupando-se com a demora
que o teu corpo demora a ser narrado.
A história é um tempo sem passado
nem futuro. É só desta hora,
presente eterno desse teu corpo alado.
Do tempo narrado, cadência sempre acelerada,
há-de constar... absolutamente nada.

O leito em que se deitam os amantes
enregelou-se com a fala que o entulha.
A poesia não é falada, como dantes,
nem repousa em papel branco, em estantes.
O livro que havia foi selado com agulha.
E não sobram versos sofridos, ambiguidade,
nem adjectivos que mostrem mais solenidade.

O silêncio do autor
é a morte anunciada, que já dança,
naufrágio abençoado da confiança.
Mas é um rio fundo desertor
a escoar-se pelo vazio da aliança.

poema by nuno gabriel oliveira

25 março 2009

o último café em paris | 3-pbl-20-07 | 1/3

o ultimo café em paris


Estou sozinho, e tu também.
Os rituais frios de hotéis, danças sinistras,
sublinham a rigidez das paredes
- caiadas de neve por fora,
forradas de silêncios, por dentro.
(A Paris Social é um Paraíso de Requinte.
Como o restaurante onde jantámos tão vaidosa refeição,
em que os talheres desfilavam na toalha, abanando as ancas,
em contraste com as árvores despidas, esqueléticas,
pedintes que moram do lado de lá da janela.
Distante agora, que as lembranças sem saudade
fazem maior a opacidade do momento.)
Despimo-nos por fora, que por dentro
pouca nudez tínhamos para mostrar.
Eu por ritual, tu por penitência,
bebemos um café na sala de entrada
que não foi sala de entrada nem de saída,
só corredor de passagem para lugar nenhum.
E afinal, tudo vale precisamente
aquilo que deixarmos que isso valha
.

poema by nuno gabriel oliveira

apresentação | 3-pbl-20-07 | 0/3


o projecto 3-pbl-20-07 foi apresentado no cafécomlivros (k de livro) em out/2007 e abarcou trabalhos de três autores afectos a Pombal. as minhas pinturas e do jorge rosete em conjunto com a escrita de nuno gabriel oliveira procuram revelar experiências e sensações comuns. nesse universo mutável as linhas pintam quadros e as imagens escrevem poemas.


matrícula by rapaz improvisado

3-pbl-20-07 cafécomlivros pombal

23 março 2009

vagueio rente às paredes

pedi a vários amigos para escreverem pequenas histórias para serem adaptadas para bd (a falta de tempo obriga a que alguns desses textos ainda se encontrem na gaveta), “vagueio rente às paredes” é um poema cedido pelo paulo moreiras e encontram-no no seu livro de poesia “DoObscuroOfício”.

20 março 2009

a rapariga com os pés no mundo

concorri com este trabalho ao concurso de banda desenhada de leiria (vírus 2008) as palavras foram retiradas de um poema da marisa.